segunda-feira, 22 de abril de 2013

Síndrome da Mulher Maravilha

Parece que ela está de volta, com mais força do que nunca, encarnando o ideal de toda uma geração feminina de ter tudo: carreira, família, supervida social, corpo escultural e rainha do sexo. Essa é a mulher moderna. 

Eu me pergunto: porque as mulheres se auto-pressionam tanto? Para mim, à força de querer se igualar aos homens, mas acumulando tarefas e querendo fazer mais do que eles. Esse tipo de Mulher Maravilha ou Super-Poderosa dorme cada vez menos e nunca pode se mostrar cansada. E nessa guerra, todas as mulheres se tornam rivais. Cada uma precisa mostrar que cozinha melhor, ou que tem mais criatividade da decoração da casa, que acumula mais diplomas e é completamente quadrilangue. Ou que tem o filho maior, mais inteligente ou mais bonito do que a média, tudo isso devido à genética e educação passada pela mãe, que tem o cargo mais importante e a vida mais ocupada.

Olha, eu já fui um pouco assim: eu achava que se eu trabalhasse mais eu existiria mais. Hoje eu já sei que o trabalho não é tudo na vida e não tenho mais a ambição de me tornar PDG de uma grande empresa ou presidente da República. 

Ainda esses dias vi uns comentários no facebook de mulheres dizendo que trabalham muito, fazem pós-graduação e milhões de cursos pois não podem se desatualizar, cuidam sozinhas dos filhos (levando e buscando na escola, atividades, médico), do marido (em 2013 ainda tem marido que não sabe se "cuidar" sozinho? Na minha casa, o meu marido "cuida" de mim e eu "cuido" dele, mas muito mais no sentido de carinho e atenções, pois cada um sabe se virar sozinho!), das tarefas domésticas (as ditas "femininas" e outras como reparos, decoração), jardinagem, etc... E que ainda tem que estar linda e disponível quando o marido chega.

Sinceramente, por que as mulheres se sobrecarregam com tudo isso?

Posso estar fora de moda, mas eu preciso dormir 8 horas por dia para estar em forma, sou muito feliz de ter alguém com quem dividir bons momentos mas também as tarefas mais chatas como passar o aspirador e passar roupa, e o marido sabe que só vai rolar um bebê se ele participar no dia a dia, como trocar fraldas, levar ao médico, dar banho. E nesse momento não sinto vontade nenhuma de voltar aos bancos escolares de forma regular. Posso muito bem me atualizar por conta própria e com leituras apropriadas e discussões com pessoas do ramo. Respeito muito quem é doutor, mas não é um doutorado que vai fazer de mim uma profissional melhor nem muito menos uma pessoa melhor...

Não tenho uma capa vermelha, não sei voar, não tenho superpoderes. e estou muito bem assim.


11 comentários:

Cantinho da Nany na Italia disse...

Comcordo totalmente com vc, e euzinha aqui n desejo ser mulher maravilha em nada...talvez essa corrida das mulheres atraz de tantos mestrados, doutorados e outros ados da vida, n seja verdadeiramente uma busca de realização mais sim uma competição. Dai quando se menos espera a vida passou e vc não viveu...mas, cada um tem sua opção de vida não é verdade? como eu que optei por tranquilidade e sou muito feliz assim...bjs

Eliana disse...

Concordo com você. De um modo geral é um modelo imposto, hoje em dia, pela sociedade, e as pessoas se deixam levar. Não é por acaso que, atualmente, vemos índices de depressão altíssimos em pessoas que se sentem "fracassadas"por não ser ou não ter aquilo que aparece na TV. Se esquecem de analisar se é preciso ser realmente como aquele certo modelo de sucesso ou ter determinado tipo de produto ou estilo de vida. Quando se tem real discernimento, ss pessoas são bem mais felizes e livres!

Line disse...

Eu acho que nos cobramos muito porque a sociedade espera muito das mulheres. Tem que ser boa mãe, boa esposa, boa dona de casa, dar educação aos filhos, trabalhar pra ajudar o marido porque, né, “coitadinho do meu filho” (sogra falando, rs).

Eu estou aos poucos percebendo que essa de mulher maravilha não está com nada, e que não há nada de errado em admitir nossas fraquezas. Passei a semana toda num curso que queimou todos os meus neurônios, fiquei uma semana fora de casa morrendo de saudades e cheguei à conclusão de que não quero, está bom, chega. Não quero mais gastar tempo em banco de faculdade, nem ter que passar pelo stress de provas, avaliações e noites sem dormir.

Chega uma hora que a gente tem que relaxar, né?!

Bjs.

Deby-abelha disse...

Eu me pergunto se essa mulher realmente existe, se não passa de uma fantasia que muitos criaram. Vc já viu um filme chamado "Como ela consegue?", nesse filme eu acho que eles tentam mostrar a realidade de muitas mulheres que tentam ser perfeitas, mas não são.

Eu prefiro 1000 vezes ter uma familía feliz, onde gastamos tempo juntos, do que me desdobrar em 250 para suprir tudo, ninguém aguenta isso. Tem uma hora que essa mulher maravilha vai explodir minha filha, isso eu tenho certeza.

Flavia Donohoe disse...

Olá Milena! Me identifiquei muito com o seu post, eu também tenho pensado muito nesse assunto por esses meses. Parece que tudo o que fazemos não é suficiente. Eu parei com essa história de mestrado e mais e mais trabalhos. Estava me sentindo muito cansada e decidi viver mais a vida e viajar. Estou me sentindo bem mais produtiva e aproveitando melhor o meu tempo. Até no trabalho me sinto mais confiante, prefiro dar aula em uma escola menor, mas tendo uma qualidade de vida bem melhor. Isso de ser mulher maravilha é bem cansativo na realidade!! ;)

Anônimo disse...

É cansativo, mas dá para ser superwoman

Trilhamarupiara disse...

Oii Milena, não é mole não viu, eu que parei de trabalhar a dois anos p acompanhar meu marido, já me sinto sobrecarregada, imagina se trabalhasse, nem consigo me imaginar trabalhando com a rotina que tenho hj, sem duvida temos que ter super poderes, acho graça qdo meu marido chega em casa e reclama que estou de "trapinho", aquelas roupas velhas porém confortáveis p ficar em casa rsrsr penso comigo, o que ele queria, que eu estivesse de Angelina Jolie depois do dia que eu tive?? afff, mas não posso reclamar no quesito filhos ele foi mais a mãe p minhas filhas do que eu, graças a Deus esta etapa de filhos pequenos eu já pulei, uma está com 13 e a outra com 18! Fraldas e mamadeiras nem pensar!!!Bjoss

Daphne Pierin disse...

Oi Milena! Nao suporto tudo que é excessivo e o feminismo é assim. Quem conhece alguma feminista sabe do que estou falando, parece que a pessoa vive em competiçao com ela mesma, para mostrar aos outros, comprovar a tal igualdade.
Acho importante o caminho que as mulheres fizeram até hoje, mèrito de esforço e determinaçao. Mas vamos viver o que essas mulheres esperavam para nòs: liberdade! LIBERDADE de sermos nòs mesmas e, basta!
Agora, se a pessoa quer correr atràs de tudo, ser boa em todos os campos, aì o assunto è outro, è prazer para si mesma e nao para provar à alguém do que ela è capaz.

Polemico mas muito interessante o argumento. Concordo com seu ponto de vista!
Bjs,
Daphne

Eve disse...

Concordo. E já fui um pouco assim, queria tudo ao mesmo tempo e fazer tudo acontecer, e... ufa. Precisei de um susto, pra aprender que a nossa vida não deve se reunir à isso. Antes agora, do que nunca, né?

Bjs!

Tatiane disse...

Concordo com tudo Milena!!!
O importante é ser feliz!

Gisley Scott disse...

Arrasou! Essa mulher maravilha só existe nos filmes porque isso aqui é o que eu vejo na vida real:

- se ela não dorme, ela vive rabujenta.

- se tá cansada, não tem força pra malhar.

- se tá cansada, estressada, come mais.

- se ganha mais, gasta mais e com coisas desnecessárias.

- agora trabalha mais para poder pagar mais contas.

- se tem um pet, mas não pode dar atenção, se culpa e enche o cachorro de guloseima ou deixa o bicinho com a corda frouxa.

- E filho? Só quando o marido tb pensar em querer trocar fraldinha.Quer ter filho mas não quer trocar fralda ou acordar no meio da noite? Compra uma Chuquinha então!